Educação Não-formal
Educação não-formal – Uma nova prespectiva…
A temática já tinha sido abordada por mim na Unidade Curricular de Formação de Adultos, mas foi no âmbito de Seminário de Integração Profissional IV, mais concretamente no contacto com a Quinta Pedagógica dos Olivais que percepcionei verdadeiramente esta dimensão educativa, a Educação não-formal.
A educação formal distingue-se sobretudo da educação não-formal por ter lugar nas escolas, colégios e instituições de ensino superior, por possuir currículos específicos e por ter regras de certificação. A educação não-formal por sua vez, poder ser caracterizado como um processo de aprendizagem social, que funciona com base em actividades que têm lugar fora do sistema de ensino formal ou tradicional, mas de certa forma pode dizer-se que se complementam.
Contudo é importante salientar que obstante do facto de não possuir um currículo, a educação não-formal baseia-se em objectivos educativos; como processo de aprendizagem estruturado requer actividades desenvolvidas e implementadas por educadores ou formadores qualificados. A avaliação da educação não-formal funciona de forma distinta da educação formal; aqui a mesma desenvolve-se de modo inerente ao próprio processo de aprendizagem, estando integrado nas actividades realizadas.
Gostaria de começar a minha reflexão acerca da importância da educação não-formal invocando uma afirmação pronunciada por Teixeira e Fontes (1996) citada em Pinto (2005, p. 1), onde se lê: “No futuro, devido ao ritmo e dinâmica dos processos sociais, a formação dos indivíduos tem de se assumir como processos de construção, cuja prossecução ultrapassa, necessariamente, os limites dos sistemas formais de ensino”. Direcciono a minha atenção para as últimas palavras desta afirmação, onde se pode constatar que a importância a ser dada à educação não-formal está em crescimento, a mesma tenderá a tornar-se crucial numa sociedade com necessidades de formação. E essa formação começará a ser reconhecida e valorizada também quando adquirida fora das escolas. Na minha opinião a educação não-formal situa-se lado a lado com a educação formal, no que concerne à sua importância, ambas demonstram-se cruciais no processo de aprendizagem e desenvolvimento do aluno, funcionando com um elo de complementaridade. Na educação não-formal destaca-se uma vertente mais descontraída, se assim lhe posso chamar, de aprender, não existindo currículos únicos os objectivos de ensino vão fluindo consoante as necessidades e interesses dos alunos, podendo o seu contexto ser variadíssimo. Gostava ainda de salientar que, segundo aquilo que tenho constatado na Quinta Pedagógica dos Olivais, os moldes da educação não-formal permitem ao aluno vivenciar experiências e contactar com realidades, tirando sempre aprendizagens disso, que a sala de aula ou a escola não possibilitam.
Para terminar destaco que relativamente ao processo pedagógico que a educação não-formal oferece, este pode ser avaliado pela investigação social e educacional com um grau de credibilidade igual ao da educação formal.
Referência Bibliográfica: PINTO, L. (2005). Sobre Educação Não-Formal. Lisboa: Cadernos d’Inducar.
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Deixo também um vídeo que retracta de forma bastante clara as vantagens da utilização da educação não-formal. Num contexto desfavorecido a educação não-formal demonstra-se uma oportunidade de formação para adultos, podendo modificar completamente as suas vidas. A educação não-formal aqui demonstrada revela-se uma outra vertente da acima descrita, pois não só é direccionada a um público de jovens e adultos, como tem como fundamento escolarizá-los e formá-los profissionalmente; não se caracterizando como complementar da educação formal, como acima referido, pois neste caso esta é quase ou mesmo inexistente. A sua visualização fez-me acreditar ainda mais que a educação não-formal é importante para colmatar necessidades e levar formação e educação a sítios onde ela parece escassear.
Para mais informações visite o site da fundação que realizou o vídeo: https://questscope.us/